A esperança é a última que morre

Descansando de SP

Por Luma Pereira

Dirigido por Gary Sinise, Ratos e Homens é um filme estadunidense de 1994, ambientado na época da Depressão de 1929. O drama é uma adaptação do livro homônimo de John Steinbeck, escrito em 1937, sobre a sociedade norte-americana deste período.

Conta a história de George Milton (Gary Sinise) e Lennie Small (John Malkovich), dois operários rurais que vão trabalhar no Rancho Tyler. George é esperto, astuto e inteligente. Lennie tem problemas mentais e de memória, mas é “forte como um touro”, como diz George.

Eles estão fugindo da Califórnia, devido ao mau comportamento de Lennie. Ele é acusado de machucar uma moça, devido à sua mania de apertar coisas macias. Lennie gosta de pegar ratos ou filhotes de cães para cuidar, mas acaba matando-os por apertá-los muito forte.

George e Lennie sonham em ter sua própria terra. Uma casa pequena, alguns acres com vacas, galinhas, porcos e coelhos. Lennie não se cansa de ouvir George falar sobre essa fazenda ideal que seria deles – ele gosta de imaginar, de ter esperança.

Posteriormente no enredo, outro empregado do Rancho, Candy (Ray Walston), se oferece para juntar-se a eles nesse projeto. Candy tem um cachorro do qual não se separa, e que significa tudo para ele – que representa sua esperança de vida.

 

No Rancho Tyler, ambos conhecem também Curley (Casey Siemaszko), o arrogante filho do dono, e sua esposa (Sherilyn Fenn), uma mulher jovem e bonita, que deseja ser atriz de Hollywood.

A maioria dos personagens do filme tem algum sonho ou esperança na vida – quer um mundo melhor para viver – mas acaba tendo esse objetivo frustrado de alguma maneira no enredo. Ratos e Homens critica o “sonho americano”, e todas as ilusões que as pessoas têm.

O tema é a Depressão de 1929, mas Gary Sinise não mostra nenhum banco quebrando ou pessoas desempregadas. Ele mostra aquele período histórico conturbado através das ilusões perdidas, esperanças frustradas e sonhos que nunca se realizam.

O filme é sutil e perturbador, pois mostra como nossas ilusões podem nunca se realizar, tornando-se desesperança. O provérbio diz “a esperança é a última que morre”, mas depois de assistir a esse filme, a sentença fica melhor assim “a esperança é a última que morre, mas mesmo esta também acaba falecendo”.

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