SP em notícia pelo mundo
Por Nathan Lopes
Novos municípios como São Paulo podem ser criados na China pelo crescimento econômico. Também por causa deste, o mercado imobiliário brasileiro – destacando o paulista – apareceu no exterior. Ainda tem o aumento do número de convenções na capital, além da fuga de um dos sequestradores de Washington Olivetto.
China imparable (China imparável)
El Mercurio (Chile) – 23 de outubro de 2010
Este artigo não teria relação com a capital paulista, não fosse por uma frase: “Nos próximos quinze anos, a China deverá construir 40 cidades como São Paulo ou Buenos Aires”. Ela é de Jorge Lanata, um cronista argentino, que viajou ao país asiático para fazer uma descrição do local. Lanata comenta o fato de os chineses não terem céu, pela poluição, até seus acompanhantes do governo durante a viagem, dos quais pode compreender mais da vida chinesa. Apesar de dizer pouco, impressiona a frase das 40 São Paulo que a China terá. Se uma já tem tantas coisas – boas e más -, cujo tamanho é o mesmo de seu espaço físico, imagine o que seria de quatro dezenas.
House Hunting in… Brazil (Caçando casas no… Brasil)
The New York Times – 13 de outubro de 2010
O texto, que faz parte da seção “International Real Estate” (Imóveis internacionais), começa com a descrição de um casarão da região do Pacaembu. “Do lado de fora, jardins comuns circundam a piscina e uma varanda de três andares” é uma das citações de Virgina McGuire, do “The New York Times”.
Na sequência, aparece a afirmação de que o preço de imóveis em São Paulo manteve-se relativamente estável, apesar da crise financeira internacional do setor em 2008. Ela é de Carlos Valverde, proprietário de uma imobiliária na capital e região de Campinas. Ele ainda ressaltou um programa governamental que queria aumentar o número de pessoas com casa própria em nível nacional, causando um estímulo à construção. Trata-se do “Minha casa, minha vida”, projeto, segundo a reportagem, que permitiu o financiamento de moradias a mais compradores.
Dessa forma, Virginia explica o mercado de imóveis em São Paulo aos estrangeiros. Ela dá o valor médio de uma “modesta casa em um condomínio fechado” nos Jardins: US$ 2 milhões. “A área entre Campinas e São Paulo é um local para morar popular entre os profissionais que trabalham na capital”, observa Steve Gallagher, dono da Brazil Overseas Property. “Além disso, muitos compradores procuram lugares não-desenvolvidos na expectativa de tomar vantagem da esperada expansão econômica do Brasil”, completa. Na zona rural, uma área desta custa US$ 30 o metro quadrado, enquanto na cidade, não é menos que US$ 1000.
Segundo o texto, estadunidenses, europeus e asiáticos que se mudaram para São Paulo por motivos profissionais são os compradores de imóvel estrangeiros mais comuns. Para isso, eles precisam de um número de identificação fiscal, no valor de US$ 10. Além disso, precisam antecipar um pagamento adicional calculado em 5% do valor da compra. Somam-se a isso, os 3% em impostos sobre a propriedade.
Atualmente, estrangeiros que desejam comprar áreas maiores que 90 hectares precisam de permissão das autoridades locais. “Mas a aprovação é quase sempre concedida”, diz Steve Gallagher, que lembra: “Se você tiver visto permanente, pode comprar o que quiser aqui”.
Santiago pierde terreno como destino de convenciones (Santiago perde terreno como destino de convenções)
El Mercurio (Chile) – 22 de outubro de 2010
A capital chilena teve diminuição no número de congressos para São Paulo e Buenos Aires. De 52, Santiago teve 41 eventos desse porte em 2009. Os argentinos de 60 a 90 no mesmo período, enquanto São Paulo, de 30 a 79. Segundo a federação de turismo chilena, a forma para mudar esse cenário é “elevando os recursos de promoção e focalizando os esforços econômicos em vender o país como um destino onde o forte está nos negócios”.
Mirista condenado por secuestro de Olivetto se fuga aprovechando beneficio carcelario (Mirista condenado por sequestro de Olivetto foge aproveitando benefício carcerário)
El Mercurio (Chile) – 23 de outubro de 2010
O jornal chileno destaca a fuga de Marco Rodolfo Rodríguez Ortega, um dos envolvidos no seqüestro do publicitário Washington Olivetto, que durou de dezembro de 2001 a fevereiro de 2002. Ele não voltou à prisão de Itaí, no interior de São Paulo, depois de ter ganhado saída por boa conduta no Dia das Crianças. Seu retorno era esperado para o último dia 18. Ortega estava se beneficiando do bom comportamento desde maio deste ano. Até o momento em que a notícia foi publicada, “o Brasil não havia oficializado a ordem de captura internacional”. Segundo “El Mercurio”, a Interpol Chile pediu os antecedentes deste caso a seu homólogo brasileiro.
Utilizando o tema da fuga como chamariz, o jornal aproveita para relembrar o sequestro, comandado pelo também chileno Mauricio Hernández Norambuena, que cumpre sua pena em um presídio de Campo Grande. Focando em Ortega, o texto aponta que, até esse crime, ele não possuía antecedentes criminais. Além disso, integrava o MIR, Movimento de Esquerda Revolucionária, em uma facção radicalizada: o Exército Guerrilheiro dos Pobres-Pátria Livre.
Em 2003, o Tribunal de São Paulo aumentou a pena dos participantes do seqüestro de Olivetto de 16 para 30 anos em função de tortura e formação de grupo criminoso para atividades ilícitas.